segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

ABSOLUTO WILSON


Postando nessa madrugada para celebrar a presença do meu ilustre mestre aqui no Brasil, Robert Wilson, pisa nesta terra , depois de um demasiado tempo no qual trouxe seu trabalho com mais de 12 horas de duração " Vida e Epoca de Joseph Stalin" Dessa vez sem performances marcantes e ambientais, sem Cindy Lubar , vestida como rainha Vitória e sem o prefeito da cidade de São Paulo o acusando de ocupação imprópria.

No sesc pinheiros em São Paulo,marca sua passagem com uma palestra a um memorável público e sortudo por sinal...

E eu aqui babando...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Lulu e a deserdada alegoria primitiva



Gênesis capitulo terceiro, uma mulher estende a mão aos céus num gesto fenomenal e crucial para a história da humanidade, entre os dedos o ícone, o referencial simbólico entrelaçado ao destino dos homens, a labuta, o suor, o caos, o homem numa ânsia dionisíaca sendo devorado pelos lábios macios e triturados pelos virginais caninos Eva. Neste ato que coroa os primórdios dramatúrgicos da criação, o homem acabara de ser excluído das delicias do paraíso, e desbravando o silêncio sepulcral, o criador desperta e avista um novo quadro exposto para a história, quebrando os milímetros estáticos e caminhando em direção ao altar, ainda tímido por entre a penumbra guiado por um ponto de luz, ainda imagético, ainda sorrateiro como o deslocar de uma serpente, que se eleva e vai tomando forma de mulher, vermelho-fogo, tentador... A mulher que perante todos os critérios se personifica e torna-se dominadora da alegoria do pecado, capital, social, mental... LULU, de Luiz Pazzine, corporificada em ninfas adornadas em flores, anuncia o ritual na figura da sacerdotisa Roberta Soraya, rememorando o ato milenar, trazendo à vida a evolução das alegorias de Pandora, EVA expulsa do paraíso caminha errante mundo a fora num arcabouço de culpas, prostitui-se e rouba para alimentar-se, tornando-se um animal Anti-social, no quinto ato do Espírito da terra, Wederkind revela o destino errante da pequena vendedora de flores à porta dos restaurantes refinados, onde a burguesia apura o paladar... Lulu, a prostituta decadente, a Geni alemã, a Eva do gênesis... Aquela imagem tornou-se crucial diante dos meus olhos antes cansados da tamanha ânsia em ver aquela entidade máxima desvelar-se naquele altar, pincelado pelas fortes cores expressionistas, prevalecendo à essência desse estilo em traços significativos como na proposta do estudioso Hebert Kuhn, defendendo este a recusa da imitação, “onde a representação não é mais o que é representado, essa representação (concreto) nada mais é do que um convite para entender o que é representado. Em certa medida o que é representado começa além do quadro, do drama, do poema”. Tal representação que se eleva com exacerbação da subjetividade onde o sentido do objeto deve ser buscado além da aparência... É preciso fornecer um reflexo puro inalterado da imagem do mundo. E esta só se encontra em nós mesmos, e com estas palavras Casimir Edschmid ressalta a importância atribuída ao material onde o expressionismo revela-se como a arte dos traços marcados, a arte das cores puras lançadas sobre os palcos, sobre as telas da vida... Pôde ser visto que a perda das referências ópticas e até das referências representativas era sem dúvida o maior fenômeno de toda historia recente das imagens e numa obra do acaso total Wagneriano (GESAMTKUNSTWERK) fomos contemplados com este primor da representação...



Ivh jr.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Não aprendi dizer adeus...


Percebi que há muito mais além do rio... Do pôr do sol... De uma despedida.
Havia um ser, aventureiro, dinâmico diante de todas as qualidades que passariam pela minha vida para me deixar saudade. Existiu uma situação, toda uma vida, até o terno momento de volta, que diante de mim partia... Em ambos os lados deixaria saudade.
Existe o parto de um novo mundo quando o sol se vai e se esvai nas águas, dando vida a noite que encobre as civilizações, culturas, raças e a minha silenciosa despedida... Não aprendi dizer adeus enquanto existir vida haverá recomeço...
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